domingo, 11 de março de 2012

Padrinho Sabbag

No começo eu tinha medo.
Pensava umas 15 vezes antes de dizer qualquer coisa em sua frente.
A simples presença fazia com que eu me sentisse um pouco... tapada.
E diante daqueles diálogos alienígenas, com tantas referências, expressões desconhecidas e nomes nunca antes ouvidos... eu preferia suspirar e pensar: "sempre pode ser pior, vixe maria se o assunto fosse mulher".
Com o tempo meus ouvidos se acostumaram e algumas vezes até arrisco uns palpites. A convivência trouxe também a confiança para exigir: "Ah, falem sobre isso quando eu não estiver junto... não estou entendendo nada". Com um pouco mais de álcool na mesa ou dentro da minha casa, a reclamação sai adicionada com algumas palavras de grande impacto. Se estou de bom humor, emendo um "por isso que a novela das seis está boa ou pagode é bom pra xuxu". Isto costuma interromper o fluxo de pensamento e diálogo NERD momentanemente com um sorriso maroto e um quase pedido de desculpas (dependendo do quanto o assunto era NERD mesmo ou puro desconhecimento da minha parte). O tempo também trouxe um carinho e uma amizade sem fim. Eu costumo brincar que como não temos cachorro, se um dia a gente brigar eu mando o Luiz pra casa dele. Isto que é confiança! Eu ainda acho que ele vai mandar o Luiz voltar pra casa e com o rabinho entre as pernas!


Piadas a parte, o padrinho Ricardo Sabbag se mostrou com o tempo muito mais do que um jornalista que eu admirava e queria me inspirar ou um amigo essencial para que o Luiz pudesse desopilar as duas nerdices habituais, se tornou uma pessoa especial e muito presente em nossa vida. Obrigada pela amizade Sabbag! Eu só não digo nós te amamos porque o Luiz vai achar isso muito gay.

Um comentário:

  1. Paty, que depoimento lindo e emocionante. Só posso dizer que fico imensamente feliz com o seu convite e, sobretudo, por poder participar da vida de vocês desde que se conheceram. É uma honra ser padrinho deste ENLACE e sei que você merece um Prêmio Nobel da Paz por ser, muito provavelmente, a única mulher na história da civilização a aguentar, incentivar e admirar o "jeitinho especial" do meu amigo. Talvez eu seja o único homem, também, mas admitir isso soaria meio gay...

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